Nossas Especialidades
Cirurgia de aparelho digestivo
Retirada da vesícula biliar (COLECISTECTOMIA):
A cirurgia para retirar a vesícula biliar, tecnicamente chamada de colecistectomia, está indicada no caso de vesícula inflamada, pedras (cálculos) na vesícula ou no caso de câncer. Quando ocorre de forma programada e sem complicações, costuma ser uma cirurgia rápida, durando em média 45 minutos, necessitando de apenas 1 a 2 dias dias de repouso e com uma recuperação para as atividades normais em 1 a 2 semanas.
- Cirurgia convencional, conhecida como cirurgia aberta: feita através de um corte maior no abdômen, para retirada da vesícula. Costuma ter uma recuperação um pouco mais demorada, e deixa uma cicatriz mais visível;
- Cirurgia por laparoscopia, conhecida como cirurgia a laser: é feita com 4 furos no abdome, por onde o médico passa o material e uma pequena câmera para realizar a cirurgia com menor manipulação e menos cortes, sendo uma cirurgia de uma recuperação mais rápida, com menos dor e cicatriz menor.
Ambas as cirurgias são feitas com anestesia geral, e geralmente, necessita de apenas 1 a 2 dias de internação. No entanto, caso o abdome esteja muito inflamado, como acontece em algumas complicações por “pedras na vesícula”, como colangite ou pancreatite, por exemplo, pode ser necessário um tempo maior para recuperação.
Riscos da cirurgia de vesícula
Os riscos da cirurgia de vesícula são mínimos, no entanto os mais graves são a hemorragia ou a infecção e ligadura (clipagem) da via biliar principal que podem ocorrer em qualquer intervenção cirúrgica sobre as vias biliares (vesícula).
Além da consulta de retorno, deve-se procurar o médico se houver:
- Febre acima de 38ºC;
- Dor intensa, vermelhidão, sangue ou pus nas feridas;
- Náuseas e vômitos frequentes;
- Cansaço e falta de ar frequente;
- Dor abdominal e inchaço persistente.
Esses sintomas podem indicar complicações da cirurgia, devendo-se ir para o atendimento de emergência para tratar e prevenir maiores complicações.
Hérnias da parede abdominal
O melhor tratamento para as hérnias é cirúrgico e deve ser realizado para todos os pacientes, a não ser que haja contra-indicações que impeçam como problemas cardíacos ou respiratórios graves.
Existem duas formas de fazer o tratamento cirúrgico das hérnias:
- incisão ou corte
- videocirurgia (“laparoscopia”).
Na técnica convencional (incisão) com visualização direta da cavidade abdominal, é feita com anestesia peridural (anestesia dos nervos da coluna). A operação é iniciada com um corte de cerca de 8 a 10 cm na região inguinal por exemplo (da virilha). O tamanho do corte depende de vários fatores. Quando a hérnia ocorrer dos dois lados, é necessário realizar um corte de cada lado.
Após a localização da hérnia, a mesma é empurrada para dentro do abdômen e a abertura da parede abdominal é fechada com pontos ou com a colocação de tela de polipropileno para reforço da parede.
De forma geral, o tratamento com videocirurgia é feito com anestesia geral. Inicialmente, é injetado gás (gás carbônico) na cavidade abdominal para poder criar um espaço, onde o cirurgião poderá fazer a operação com segurança.
Após a realização de 3 orifícios de meio a um centímetro na parte de baixo de seu abdômen, uma câmera de televisão pequena é colocada na parede abdominal através de um dos “furinhos” para que o cirurgião e a sua equipe possam visualizar o local da hérnia em um monitor.
Com o auxílio de instrumentos especiais (pinças, tesouras, material de sutura), a hérnia é puxada para dentro do abdômen e o buraco na parede abdominal é fechado com uma tela.
Quando a hérnia for dos dois lados, não é necessário realizar orifícios adicionais para tratar a outra hérnia.
A recuperação pós-operatória é rápida. A maioria dos pacientes fica internada no hospital somente de 12 a 24 horas e pode retornar ao trabalho e realizar todas as atividades, que não necessitem erguer muito peso, em 1 ou 2 semanas. O paciente deve seguir algumas orientações:
- Não há restrição de dieta, contudo, nos primeiros dias, o paciente pode apresentar náuseas e vômitos, devido aos medicamentos e anestésicos recebidos. Se você tiver náuseas e vômitos, alimente-se somente de líquidos em pequenas quantidades de cada vez. Estes sintomas geralmente desaparecem em 1 ou 2 dias, após o organismo eliminar os medicamentos recebidos no hospital. Se as náuseas e vômitos persistirem após este período, procure o seu médico.
- Os cortes são fechados com pontos. É comum que ocorra hematoma ou pequenos sangramentos pelas incisões. Entretanto, se o corte tiver aparência de infecção (vermelho, com secreção de pus ou com cheiro forte), contacte o seu médico.
- Evite ficar muito tempo deitado ou sentado e ande várias vezes ao dia. Há apenas limitação quanto a levantar peso. Você poderá erguer até 10 kg no primeiro mês de pós-operatório e até 20 kg entre o primeiro e o terceiro mês. Após este período você não tem mais limitações para erguer peso.
Além da consulta de retorno, deve-se procurar o médico se houver:
- Febre acima de 38ºC;
- Dor intensa, vermelhidão, sangue ou pus nas feridas;
- Náuseas e vômitos frequentes;
- Cansaço e falta de ar frequente;
- Dor abdominal e inchaço persistente.
Esses sintomas podem indicar complicações da cirurgia, devendo-se ir para o atendimento de emergência para tratar e prevenir maiores complicações.
Hérnia Incisional
Depois de uma cirurgia abdominal, é necessário “fechar” o corte que deu acesso à cavidade. Uma sutura, por mais bem feita que seja, é sempre pior que o tecido “virgem”, ou seja, a parede íntegra.
Hérnia Incisional
Nessa região de cicatriz, a parede abdominal pode apresentar uma fraqueza, que progressivamente se alarga permitindo que os órgãos do interior do abdômen se insinuem por este orifício, causando a hérnia incisional.
Essa fraqueza pode ocorrer em qualquer incisão na parede anterior do abdômen, mas é mais frequente em algumas situações:
- Incisões que sofreram infecção pós-operatória;
- Cirurgias contaminadas, como apendicite supurada;
- Pacientes com deficiência nutricional eu doenças consumptivas;
- Situações em que o paciente volta à atividade física e não guarda o devido repouso após a cirurgia.
Pode ocorrer até com os orifícios usados na laparoscopia, que, mesmo pequenos são potenciais causadores de hérnias.
Em geral, o sintoma é um abaulamento na região operada, nem sempre a hérnia incisional é acompanhada de dor. Porém, há casos em que a sensação de desconforto e a dor aparecem quando a pessoa realiza movimentos que exigem força abdominal.
Para diagnosticar esse problema, é necessário que o médico faça um exame da região abdominal. Há situações, entretanto, em que precisará recorrer à ultrassonografia e tomografia.
O tratamento da hérnia incisional é sempre cirúrgico, mas pode ter suas particularidades como alto risco cardiológico ou pulmonar. Hérnias incisionais grandes, especialmente em idosos, podem ser um problema de difícil solução, uma vez que a correção do defeito pode aumentar a pressão intra-abdominal e causar limitação aos movimentos respiratórios. Por isso, uma avaliação da capacidade pulmonar deve ser realizada. Quase sempre há necessidade de colocação de tela de polipropileno ou de telas especiais (duplas face) que permitem o constato com as vísceras dentro de abdome que podem ser feitas por via laparotomia ou laparoscopia.
Portanto, fique atento! Após uma cirurgia abdominal, respeite o resguardo definido pelo seu médico, evite fumar para diminuir a tosse no período pós-operatório e se alimente bem, assim você ajuda seu corpo a ter os nutrientes necessários para reparar o trauma cirúrgico adequadamente.
Atenção aos sintomas da hérnia, a hérnia incisional pequena é muito mais fácil de operar e demanda uma cirurgia muito menor que a grandes. Dessa forma, se você tiver uma hérnia, quanto antes você resolver o problema melhor para você e para seu médico. Por isso, procure um médico se notar qualquer sintoma na sua cicatriz.
Sinais de alerta para ir ao médico
Além da consulta de retorno, deve-se procurar o médico se houver:
- Febre acima de 38ºC;
- Dor intensa, vermelhidão, sangue ou pus nas feridas;
- Náuseas e vômitos frequentes;
- Cansaço e falta de ar frequente;
- Dor abdominal e inchaço persistente.
Esses sintomas podem indicar complicações da cirurgia, devendo-se ir para o atendimento de emergência para tratar e prevenir maiores complicações.
O que é colectomia?
A colectomia é um procedimento cirúrgico que visa remover parte ou a totalidade do cólon, também chamado intestino grosso. O cólon é a parte terminal do sistema digestivo humano, seguido em continuidade pelo canal retal, que desemboca no ânus.
Colectomia
São termos associados: colectomia total, quando todo o cólon é removido; colectomia parcial, quando apenas é removida uma parte do cólon; hemicolectomia direita ou esquerda, quando é removida a metade correspondente do cólon e proctocolectomia, quando, além do cólon, envolve também a remoção do reto.
Quais são as consequências fisiológicas da colectomia?
As consequências fisiológicas da colectomia podem facilmente ser deduzidas a partir do papel que o cólon desempenha no organismo. Ele é a parte distal do sistema digestivo humano. O sistema digestivo processa e absorve os nutrientes (vitaminas, minerais, hidratos de carbono, gorduras, proteínas e água) a partir dos alimentos e elimina os resíduos para fora do corpo por meio da evacuação.
O cólon prepara e armazena os restos da digestão ainda semilíquidos provenientes do intestino delgado para sua posterior eliminação. Enquanto os resíduos alimentares transitam pelo cólon, uma grande quantidade de água é absorvida e as fezes acabam por adotar a consistência que lhes é característica.
Como se realiza o procedimento da colectomia?
A colectomia pode ser realizada por meio de uma cirurgia aberta ou por meio de uma laparoscopia, sempre com anestesia geral.
Na colectomia aberta, uma incisão de certa magnitude é feita na parede do abdome para que o médico possa ver e ter acesso ao cólon, diretamente. Então, o cirurgião remove parte ou a totalidade do órgão, conforme o caso.
Em uma cirurgia laparoscópica, também chamada de colectomia minimamente invasiva, de três a cinco pequenas incisões são feitas no abdome e um tubo fino e iluminado em sua extremidade, ligado a uma câmara de vídeo, é inserido através de uma das aberturas para guiar os instrumentos cirúrgicos inseridos através das outras aberturas. Um gás (geralmente dióxido de carbono) pode ser utilizado para inflar o abdome do paciente e permitir uma melhor visualização de seu interior. Para a remoção do cólon uma das incisões tem de ser um pouco ampliada.
A cirurgia de colectomia muitas vezes requer outros procedimentos para reposicionar as porções restantes do intestino e para permitir que o paciente possa defecar. A duração da cirurgia depende do procedimento a ser feito e pode variar de 2 a 8 horas. Geralmente, dependendo da sua situação, o paciente deve passar alguns dias no hospital após a cirurgia.
Em algumas situações, a operação pode começar como laparoscópica, mas ter de ser convertida em uma colectomia aberta. Uma vez que o cólon tenha sido removido, o cirurgião deve reconectar o sistema digestivo, de forma a permitir que o trânsito das fezes no intestino e a evacuação delas seja reconstituído. Como parte deste processo, o paciente pode sofrer uma ileostomia (criação de uma fístula ou um ânus artificial através da parede abdominal para o interior do íleo) temporária.
Quais são as complicações possíveis da colectomia?
As complicações podem incluir sangramento, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, obstrução intestinal causada por reação cicatricial, infecção, peritonite, lesão de bexiga, do intestino delgado e de outros órgãos próximos e má cicatrização em suturas que tenham sido usadas para reconectar partes do sistema digestivo.
Além da consulta de retorno, deve-se procurar o médico se houver:
- Febre acima de 38ºC;
- Dor intensa, vermelhidão, sangue ou pus nas feridas;
- Náuseas e vômitos frequentes;
- Cansaço e falta de ar frequente;
- Dor abdominal e inchaço persistente.
Esses sintomas podem indicar complicações da cirurgia, devendo-se ir para o atendimento de emergência para tratar e prevenir maiores complicações.
Cirurgia para Refluxo Gastroesofágico
A cirurgia para o refluxo gastroesofágico está indicada quando do fracasso do tratamento com medicamentos e cuidados alimentares, e começam a surgir complicações como úlceras ou o desenvolvimento do esôfago de Barrett, por exemplo. A cirurgia só deverá ser indicada depois de tentar todos os tratamentos clínicos disponíveis.
Refluxo Gastroesofágico
Esta cirurgia é feita com anestesia geral e por meio de cinco pequenos cortes no abdômen (laparoscopia), e a recuperação total leva cerca de 2 meses, sendo necessário nas primeiras semanas se alimentar apenas com líquidos, o que pode levar a um emagrecimento leve.
A recuperação da cirurgia para refluxo é rápida, com pouca dor e poucos riscos de infecção, e em geral o paciente recebe alta 1 dia após a cirurgia e pode voltar ao trabalho após 1 ou 2 semanas.
No entanto, para uma recuperação mais rápida, recomenda-se:
- Evitar dirigir por pelo menos 10 dias;
- Evitar ter contato íntimo nas 2 primeiras semanas;
- Não levantar pesos e retomar os exercícios físicos apenas após 1 mês ou depois da liberação do médico;
- Fazer pequenas caminhadas em casa ao longo dia, evitando ficar sentado ou deitado por muito tempo.
O que comer após a cirurgia
Devido à dor e à dificuldade de engolir, é aconselhado seguir este tipo de esquema:
- Se alimentar apenas com líquidos durante a 1ª semana, podendo se estender até a 2ª semana, de acordo com a tolerância do paciente;
- Passar para dieta pastosa a partir da 2ª ou 3ª semana, com ingestão de alimentos bem cozidos, purês, carne moída, peixe e frango desfiado;
- Iniciar aos poucos uma alimentação normal, de acordo com a tolerância e a liberação do médico;
- Evitar bebidas com gás durante os primeiros meses, como refrigerantes e água gaseificada;
- Evitar alimentos que produzem gás no intestino, como feijão, repolho, ovo, ervilha, milho, brócolis, cebola, pepino, nabo, melão, melancia e abacate;
- Comer e beber lentamente, para evitar empachamento e dor no estômago.
Possíveis complicações
A cirurgia para refluxo é bastante segura, especialmente quando feita por laparoscopia, no entanto, existe sempre um risco muito baixo de surgirem complicações como sangramento, infecção no local do corte ou trauma nos órgãos próximos do estômago. Além disso, como é necessária anestesia, também podem surgir complicações ligadas à anestesia.
Dependendo da gravidade, essas complicações podem levar à necessidade de a pessoa ser operada novamente através de cirurgia convencional, feita com um corte grande no abdômen, ao invés do procedimento por laparoscopia.
Sinais de alerta para ir ao médico
Além da consulta de retorno, deve-se procurar o médico se houver:
- Febre acima de 38ºC;
- Dor intensa, vermelhidão, sangue ou pus nas feridas;
- Náuseas e vômitos frequentes;
- Cansaço e falta de ar frequente;
- Dor abdominal e inchaço persistente.
Esses sintomas podem indicar complicações da cirurgia, devendo-se ir para o atendimento de emergência para tratar e prevenir maiores complicações.
Gastrectomia?
A Gastrectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada de parte ou de todo o estômago e que pode ser realizado para tratamento de algumas doenças, desde o tratamento de obesidade, úlceras pépticas de estômago (rara indicação hoje em dia), tumores benignos e câncer de estômago (tumor maligno). Quando é realizado uma gastrectomia parcial, o que restou do estômago é anexado ao intestino delgado. Na necessidade da remoção cirúrgica de todo o estômago (gastrectomia total), o esôfago é ligado diretamente ao intestino delgado.
Como fica a digestão após a retirada do estômago (gastrectomia)? É possível viver bem sem estômago?
Quando há a indicação médica de se remover parte ou todo o estômago é necessário cuidado nutricional especial para que o organismo se acostume com a nova condição e permita uma vida saudável, mesmo que com algumas mudanças. Normalmente a quantidade de alimentos que se consegue comer de cada vez diminui, pois o reservatório foi reduzido, e o controle de liberar lentamente os alimentos para o intestino também é alterado, podendo ocorrer a liberação mais rápida de alimentos mal digeridos para o intestino, causando muitas vezes o que se chama de síndrome de Dumping (despejo).
A síndrome de Dumping é caracterizada por dor abdominal, diarréia, taquicardia, hipoglicemia (queda da glicose no sangue), mal estar e queda de pressão. Entretanto, apenas cerca de 25 a 50% dos pacientes apresentam esta sintomatologia ou mesmo algum sintoma. Vale ressaltar que a síndrome de Dumping pode ser evitada com adequada orientação alimentar e nutricional. As demais fases da digestão continuam normais, o que inclui a ação da mastigação, enzimas digestivas da saliva, do intestino, do pâncreas, a bile, etc. Há a necessidade de suplementação de vitamina B12, principalmente quando é realizada a gastrectomia total, pois o estômago é responsável pela produção de uma substância (chamado de fator intrínseco) que se liga à vitamina B12 para que ela seja absorvida no intestino. Sem isso, a absorção pelo aparelho digestivo ficará prejudicada e sua deficiência pode causar um tipo específico de anemia. A necessidade de suplementação de ferro, cálcio e outras vitaminas depende de cada caso. Tomando-se alguns cuidados básicos e sob orientação nutricional adequada a pessoa que teve o estômago removido cirurgicamente pode ter uma vida saudável e com qualidade alimentar após um período inicial de adaptação. A interação do cirurgião, paciente e nutricionista é essencial nesta retomada.
Sinais de alerta para ir ao médico
Além da consulta de retorno, deve-se procurar o médico se houver:
- Febre acima de 38ºC;
- Dor intensa, vermelhidão, sangue ou pus nas feridas;
- Náuseas e vômitos frequentes;
- Cansaço e falta de ar frequente;
- Dor abdominal e inchaço persistente.
Esses sintomas podem indicar complicações da cirurgia, devendo-se ir para o atendimento de emergência para tratar e prevenir maiores complicações.